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Luz
Contributo de Erik Olson
Tradução de Anibal Pereira
Todas as plantas têm um ciclo onde durante as horas de
iluminação absorvem CO2 e libertam Oxigênio através de um processo chamado
fotossíntese. Durante as horas de escuridão ocorre o oposto e as plantas
absorvem Oxigênio e libertam CO2 num processo chamado respiração. Na maioria
das plantas de aquário, o período de fotossíntese na natureza é de 10 a 12
horas devendo-se reproduzi-lo tão fielmente quanto possível no aquário por
forma a permitir um equilíbrio entre os dois processos.
Na natureza algumas plantas encontram-se em grandes lagos abertos recebendo
uma iluminação intensa, outras se encontram em selvas densas recebendo apenas
uma iluminação fraca. Cada variedade de planta tem as suas próprias
necessidades de iluminação e para obter melhores resultados em aquário elas
devem ser satisfeitas tanto quanto possível. Neste FAQ vamos dividir as plantas
em grupos que necessitam de iluminação fraca, iluminação fraca a moderada,
iluminação moderada a intensa, e iluminação intensa. Existem também plantas de
pântano que são frequentemente vendidas como plantas de aquário, mas que não
serão incluídas neste FAQ exceto para mencionar que as suas necessidades de
iluminação são geralmente ainda superiores que as do grupo de iluminação
intensa. A luz fluorescente é o meio mais econômico de obter uma iluminação de largo espectro com uma intensidade adequada á sobrevivência das plantas aquáticas. Para se obter uma iluminação apropriada é recomendado que sejam utilizadas lâmpadas de largo espectro, do tipo das comercializadas em lojas de plantas e em lojas de aquários, em vez das lâmpadas brancas frias standard, comercializadas nas lojas vulgares. Têm-se obtido bons resultados com quase todas as lâmpadas de ‘espectro total’ ou lâmpadas especificas para plantas (Vita-Life, GE Chroma 50 e 75, Phillips Agro-Lite, UltraLume e Advantage X ). As lâmpadas de ‘três fósforos’ como a Triton e Penn-Plax Ultra-TriLux (mais caras que as anteriores), parecem ter uma reprodução de cores mais real. Pode-se combinar tipo de lâmpadas diferentes para obter os mesmos resultados, mas as lâmpadas tri-fosforo são geralmente mais brilhantes que as lâmpadas mais baratas. Note-se que as lâmpadas fluorescentes envelhecem e vão perdendo intensidade com o tempo. É recomendado que as lâmpadas sejam trocadas a cada 6 - 12 meses (tente ter as lâmpadas no esquema rotativo, por exemplo, uma lâmpada nova a cada 3 meses em vez de 2 lâmpadas novas a cada 6 meses).
Para calcular a iluminação necessária utilizam-se as regras seguintes. Primeiro multiplique a área da superfície do aquário pela distancia entre a fonte de luz e a superfície do areão. Depois dependendo do tipo de plantas desejado, multiplique o valor obtido por um dos fatores abaixo indicados:
Plantas de iluminação fraca 0.08
Plantas de iluminação fraca a moderada 0.12
Plantas de iluminação moderada a intensa 0.18
Plantas de iluminação intensa 0.27
Assim será obtido o numero de horas watt indicado. Divida este numero por 11 e obterá o valor aproximado da potência
necessária em watts. Infelizmente este número pode não coincidir com a potência das lâmpadas disponíveis no mercado,
assim deverá encontrar a combinação de lâmpadas que mais se aproxime do valor calculado, ajustando-se depois o numero
de horas para que em conjunto corresponda ao valor de horas watt calculado.
Exemplo: o valor pretendido de horas watt é de 1440,
dividido por 11, dá uma potencia de 131 watts. O valor mais aproximado é obtido
com 3 lâmpadas de 40 watts, assim divide-se 1440 pelo total de 120 watts e obtem-se
12 horas de iluminação.Aviso: Um erro comum consiste em ajustar o numero de horas para compensar uma potência demasiado baixa ou alta, afastando-se muito do valor ideal de 11 horas. Se o tempo de iluminação for superior a 16 horas deverá aumentar a potência para reduzir o numero de horas. Ou se o tempo de iluminação for inferior a 8 horas deverá baixar a potência para permitir aumentar o numero de horas a um tempo adequado á fotossíntese. Quando escolher as plantas, deverá ter em conta que grandes plantas centrais provocam sombra às plantas menores que fiquem junto a elas e que plantas necessitando de iluminação intensa não deverão ser utilizadas como pequenas plantas de enchimento.
