quinta-feira, 3 de março de 2011

Reprodução.


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Reprodução.

Contributo de Elaine Thompson

Tradução de Miguel Figueiredo


Salvaguarda: Este documento pretende familiarizar o leitor com os diferentes métodos de reprodução dos peixes e com a terminologia utilizada. Quem quiser reproduzir uma dada espécie deve consultar recursos específicos como livros sobre a espécie em particular.

Estratégias de Reprodução

“Como é que os peixes fazem bebês? Posso ver?”

Os peixes reproduzem-se de muitas maneiras e sim, pode ver. De fato, observar a reprodução de peixes é um dos grandes fascínios do hobby.
Há duas grandes estratégias usadas pelos peixes: postura de ovos e nascimento dos alevinos vivos.
Nos vivíparos a fêmea dá à luz peixinhos completamente formados e que já podem nadar. A fêmea é fertilizada internamente pelo macho e transporta as crias durante cerca de um mês até finalmente os libertar. No parto os bebês nadam para longe, escondem-se e começam a procurar comida.
Os vivíparos incluem mollies, platies, espadas e guppies. Existem outros vivíparos como peixes-agulha, anableps (peixe dos quatro olhos) e peixes da família dos amecas.
O sexo é fácil de distinguir. A fêmea é maior e o macho tem uma barbatana anal transformada chamada gonopódio que é usada para fertilizar internamente a fêmea. Depois da fertilização, a fêmea pode produzir múltiplas ninhadas sem que o macho esteja presente.
Ovíparos, como o nome indica depositam ovos em vez de parirem peixes vivos. Os ovos eclodem, os alevinos apresentam um saco vitelino que irá ser absorvido até os peixes começarem a nadar. O processo geralmente demora de uma semana a dez dias, embora possa variar muito.

Os ovíparos têm muitas maneiras de depositar os ovos

Os disseminadores livres de ovos espalham geralmente os ovos nas plantas ou sobre o areão. O macho persegue a fêmea durante o ato e os ovos vão sendo fertilizados conforme caiem. As corridas reprodutivas podem ser espetaculares de ver, os peixes correm á volta do aquário, ignorando tudo o resto, incluindo a comida. Exemplos de peixes disseminadores de ovos são os tetras, barbos, rasboras e danios.
Os disseminadores de substrato são um pouco mais exigentes sobre onde colocam os ovos. Estes são depositados presos a algum tipo de substrato. Ambos os pais participam na postura, com o macho a fertilizar os ovos enquanto a fêmea os deposita. Exemplos são muitos peixes-gato, alguns ciclideos e killies.
Os construtores de ninhos de bolhas depositam os ovos num ninho feito pelo macho. As bolhas são mantidas juntas com saliva e parecem espuma. As bolhas atraem infusórios que os alevinos irão comer e mantém os ovos à superfície onde são bem oxigenados. Durante a postura os ovos são libertados uns poucos de cada vez e cuidadosamente colocados no ninho onde irão eclodir. Exemplos são os bettas e os gouramis.
Os incubadores bocais mantêm os ovos na boca até eclodirem. Os ovos são mais uma vez colocados uns quantos de cada vez e quando o macho os fertiliza o elemento que fará a incubação (pode ser a fêmea, o macho ou ambos, conforme a espécie) coloca-os na boca. O peixe incubador irá então comer muito pouco ou deixa mesmo de comer até os alevinos nascerem. Exemplos de incubadores bocais são os machos arrowanas e as fêmeas de alguns ciclideos.
Os peixes de água salgada também depositam ovos. Alguns são disseminadores de substrato, mas muitos depositam ovos que flutuam como plâncton. Esses ovos eclodem para uma face larvar, as larvas flutuam livremente e comem plâncton minúsculo até crescerem e se transformarem em peixes.